terça-feira, 15 de junho de 2010

quando as noites caem sem chuva
a cidade transborda-me e as mãos
desaparecem sem nevoeiro por entre os cabelos das horas
se se acende um cigarro no lusco-fusco das janelas
não resisto à tentação das conversas
em espiral,
os dedos, dois ou três, já serão muitos
e as palavras, confusas de algoritmos,
rebolam dos telhados como estrelas incandescentes

o silêncio é um mito
há demasiado barulho a afagar as cortinas

se me deixares,
descansarei a sede de nuvens no teu olhar

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