as mãos, nos bastidores do toque, um sussurro
leve gesto de cabelos sobre o ombro
a lua descaída, o caderno pousado,
a relva fresca, a sombra dos braços---
agosto
quase
um último cigarro antes do revirar do dia
antes do começo de todas as estórias
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Queria escrever um poema. Na impossibilidade de escrever um poema queria, ao menos, escrever uma piada. Nem poema, nem piada. E assim se repetem os dias. Uma super bock. Um chá de rooibos com pétalas de rosa. Um fino. Um vinho do porto. Um café. Um muffin de frutos silvestres. Uma vontade de falar. Um cigarro a travar o gesto. Vomitar a lua por cima dos pés. Desaparecer. Un petit peu. Desaparecer. Un petit peu.Desaparecer. Un petit peu.Un petit peu.
terça-feira, 20 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Évora, 30 de Junho de 1948 (quarta-feira)
É a terceira vez que tento o diário. Suponho que desistirei ainda. Tudo é repugnância de ver que o papel me lê. Se eu não tenho feito versos é porque optei por me sentar em cima de mim. A ironia, essa confissão irresponsável, é o único meio que tenho à mão de condescender em me observar. Enfim, pela terceira ou quarta vez tento um diário. É que os resíduos de mim e do dia-a-dia já me pesam.
Vergílio Ferreira, Diário Inédito, Quetzal
Inês d'Orey
É a terceira vez que tento o diário. Suponho que desistirei ainda. Tudo é repugnância de ver que o papel me lê. Se eu não tenho feito versos é porque optei por me sentar em cima de mim. A ironia, essa confissão irresponsável, é o único meio que tenho à mão de condescender em me observar. Enfim, pela terceira ou quarta vez tento um diário. É que os resíduos de mim e do dia-a-dia já me pesam.
Vergílio Ferreira, Diário Inédito, Quetzal
Inês d'Orey
segunda-feira, 5 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
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