sábado, 28 de agosto de 2010


Glen Erler

Um poema à rapariga das árvores devia conter folhas e resina
e vento a sacudir ramos. Um poema à rapariga das árvores
devia conter raízes, terra, bichos, musgo, orvalho.
Uma vontade imensa de azul. Um zumbido de abelha. Uma gota de chuva.
A Primavera.
Setembro, tão perto. Antes que a rapariga caia da árvore
vou escrever-lhe um poema.
Folhas,
resina,
vento,
raízes,
terra,
bichos,
musgo,
orvalho.
Azul.
Zumbido de abelhas.
Gota de chuva.
Primavera.

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