domingo, 1 de agosto de 2010

dizes-me: vê a lua
e eu vejo-a
no céu, já não redonda,
a faltar-lhe um pedaço
qualquer
corpo que passa
que morre
que volta
redonda parece caber-me nas mãos
assim, incompleta, escapa-se-me por entre os dedos
como um vento

e então lembro-me
a tua camisola tem um decote parecido ao recorte da lua

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